Viver eu preciso

Um dia normal de trabalho normalmente começa com uma rotina previamente já conhecida. Durante o expediente, interagimos com muitas pessoas, cuidamos para que nossas obrigações sejam bem executadas e assim ficamos tranquilos ao final do dia. Ao chegar em casa, não é muito diferente, temos que pensar no que vamos comer, o que vestir no outro dia, dar atenção aos nossos familiares, e tudo isso vai ficando meio automático. Há algum tempo eu tenho tentado me escutar mais, apesar do cotidiano agitado e as minhas responsabilidades com outras pessoas. Como assim, me escutar? Você me pergunta. Se escutar é silenciar o barulho alheio e olhar para o seu próprio interior, para as suas verdades, aquilo que e importante para você. Não sei você, mas eu já me peguei tomando certas atitudes pensando no que os outros iriam pensar de mim, e se não fizessem algo eu também não me sentiria segura para fazer. Hoje, posso afirmar que isto tem mudado. É claro que este não é um processo rápido e nem tão bon

Em algum momento de sua vida você já deixou de fazer algo que gostaria por medo da opinião dos outros? Pois é, é bem provável que a resposta tenha sido positiva, pois esta é uma situação que costuma acontecer com todos nós, consciente ou inconscientemente. Se não nos questionamos, corremos o risco de repetir padrões de comportamento que são socialmente aceitos e esperados, mas que não correspondem necessariamente ao que somos ou sentimos. Vou dar um exemplo no campo profissional. Sabemos que em nossa sociedade algumas carreiras são consideradas de sucesso, enquanto outras são discriminadas e deixadas à margem das escolhas dos jovens. Suponhamos que um jovem escolheu a carreira de Medicina, não por se identificar com a profissão ou por se sentir realizado naquilo que faz, mas por se sentir na obrigação de dar continuidade a uma tradição familiar de muitos médicos. Em um certo momento de seu caminho, esta pessoa cai em si e se percebe infeliz, mesmo tendo alcançado o que a socieda

Rotina: hábito de fazer algo sempre do mesmo modo, mecanicamente; de modo rotineiro. A rotina me sufoca, quer tirar minhas forças de estudar e questionar Mas dentro de mim algo se recusa a aceitar, fazer tudo de modo mecânico, sem pensar, não é a maneira que eu estou acostumada a me portar... Dizemos que os hábitos nos preservam, mas também podem nos prejudicar, a partir do momento que tentam nos dominar. Ficar iludido e acomodado não vai ajudar, pelo contrário, só tende a atrapalhar A rotina não domina meus pensamentos, mas tenta mecanizá-los... Devemos então criar a rotina de ser feliz Criar hábitos que nos deixem mais alegres e de bom humor Observar a beleza no cotidiano, pensar fora da casinha, ler um livro que te agrade e ouvir uma música que toque o coração. Olhe com novos olhos... "A verdadeira viagem da descoberta consiste não em buscar novas paisagens, mas em ter olhos novos."

     Por estes dias, assisti ao filme "O touro Ferdinando", de Carlos Saldanha. Tivemos que enfrentar uma fila enorme, barulho e uma longa espera para poder entrar na sala em que o filme seria exibido. Eu já estava ficando estressada com aquela situação, mas ao entrar e assistir o filme todo aquele desconforto e primeira impressão ruim foram desfeitos. O filme me tocou pela simplicidade e profundidade do tema. Ferdinando é um touro  que vive na Espanha e seu destino parece já ter sido traçado, no entanto, ele se recusa a ter o mesmo destino de seu pai, que sonhava em participar da tourada na Espanha, sem saber dos perigos que isto representava para um touro.... Este, porém, nunca foi o sonho do pequeno Ferdinando, pois ele sempre foi tranquilo e não gostava de brigas, não se identificando, portanto, com seus outros amigos touros.  Ferdinando prefere a delicadeza das flores, ele até cuidava de uma, mas seus amigos não toleravam o seu modo de ser, chamavam-no de estran